quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Só sei que nada resolverei!!!

Boa noite, hoje até que foi um dia interessante, engraçado que existem alguns dias nos quais parece que o universo conspira, e olha que não sou muito dado a essas histórias não, mas em todo o caso talvez seja eu quem veja coincidências em situações que no fundo não tenham mas, de qualquer forma, tudo começou numa conversa simples sobre a educação durante o regime militar, a invenção das escolas técnicas, perdoem-me os defensores mas vejo nisso novamente o que costumo chamar de "política novalgina", aquele remédio que cura qualquer dor imediatamente mas que simplesmente anestesia, não resolve nenhum problema, é assim que vejo a política brasileira principalmente educacional, veja só, a mais nova e aplaudida atitude do governo federal é colocar o enem como unica forma de entrada no nível superior, além da criação de cotas para estudantes de escolas públicas, acho muito legal, afinal faculdades públicas devem ser cursadas pelo povo, mas será que matematicamente posso fazer o retorno, ou seja, vagas nas instituições, que vieram de investimento, concorridas e conquistadas com a educação oferecida para a população que por sua vez estudou durante todo o processo para adquirir essa vaga e ao entrar na instituição busca o conhecimento da mesma forma que sempre buscou, através do desenvolvimento de pesquisa e leitura. Engraçado, não é exatamente a realidade com a qual me deparo nas instituições a que tenho acesso, tirando os números oficiais, editados pelo governo, fico me perguntando: criação de cotas não é o mesmo que admitir que o aluno de uma escola pública não tem condições de competir com o aluno da rede particular de ensino? Se assim é admito que existe um problema de formação na rede primária e secundária de educação a qual por minha vez não quero mexer, mas se essa diferença e problemática existem ou elas somem como num passe de mágica quando o aluno entra na graduação ou é levada para a sala, uma vez que o aluno não pode em semanas aprender o conteúdo de anos, se essa diferença não existe porque então o vestibular tradicional é um problema, só porque ele exige conhecimento formal, acúmulo de dados e não apenas as novas habilidades e competencias que são tão gerais que não levam a conhecimento algum. Nesse caso o professor ao entrar na sala deve escolher como orquestrar a diferença, se trabalha com ela e portanto diminui o conteúdo e muda a forma, ou a ignora, e perde metade da turma, com isso, depois de tanto minamos calma e sorrateiramente as instituições por baixo, nas fundações, levando ao ensino superior a mesma política que temos nas escolas de ensino fundamental e médio, e será que essa política é boa, se é então porque foi necessário mudar todo o processo para incluir esses alunos, meu Deus, voltamos ao começo, infelizmente o povo não tem essa visão, mas mais infelizmente ainda, o gerente da empresa e o funcionário do RH têm, o que será do amanhã? Excesso de trabalhador e falta de especialidade, a equação é bem conhecida, se algo sobra economicamente: recessão, o que será de nós, talvez fiquemos com nossos diplomas dizendo pra todo mundo que pelo menos a dor passou, ainda que o mal continue, como no caso da Novalgina.

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