sábado, 30 de outubro de 2010

Leis da física, ou leis sociais? Salve Maquiavel, o maior de todos os físicos!!!

Ai , ai, la vou eu de novo, eu e minha cabeça que não pára. Estava aqui lendo os comentários sobre o debate de ontem e pensando, qual será a formação dos concorrentes, porque esses pelo menos têm formação né, rsrsr, de qualquer forma podem saber muito de política e de estatísticas mas com certeza não entendem nada de física, nunca devem ter ouvido termos como Conservação da energia, conservação do momento, conservação da carga elétrica, conservação da massa, e principalmente conservação da corrente elétrica, essa ultima importantíssima porque afinal indica que toda a corrente que flui na direção de um nó em um circuito elétrico tem que obrigatoriamente fluir para fora desse nó, ou seja, a corrente não pode ser simplesmente criada, tal lei também é conhecida como lei dos nós de Kirchoff, aí eu, que não tenho nada pra fazer, comecei a fazer uma analogia se o circuito for a sociedade, o nó a parcela mais necessitada e a corrente o fluxo de dinheiro, me pergunto, de onde está saindo esse dinheiro já que por um princípio físico básico (e acredito que também por um princípio econômico) o dinheiro não pode simplesmente surgir na conta do povo, ou nos cofres públicos. Obrigatoriamente sou levado a concluir que esse dinheiro deve vir dos impostos que pagamos, ou melhor, que a classe média paga, porque as classes menos privilegiadas têm alíquotas mais brandas, que vão de redução a até mesmo isenção, os ricos tem abatimentos por tudo e mais alguma coisa e um departamento contábil inteiro para priorizar esses abatimentos, e a classe média, coitada, que não entende muitas vezes nem como se faz um imposto e muito menos como se sonega, o pequeno e o micro empresário, carrega a carga tributária nas costas, e é espremida todos os dias, principalmente porque não vejo nenhuma proposta voltada a ela, na nossa analogia a pilha que faz o circuito funcionar. Nesse caso sou obrigado a pensar que esse dinheiro das bolsas e ajudas esta saindo de impostos, impostos que eram pagos para a saúde, a educação, o transporte, o saneamento, a segurança e se a lei física está correta e nossa analogia for boa, o fato de abrir mais um ramo nesse circuito significa que vai menos corrente (dinheiro) para essas diretrizes, que deveriam ser prioridades. Bom aqueles que não pararam de ler ou que não enfartaram com a minha falta de caridade cristã e entendimento social podem refutar dizendo que com isso o poder de compra do cidadão aumentou, o que faz com que o fluxo seja acentuado, bom, se quatro compram cinco ou um compra vinte, acredito que o resultado econômico final é o mesmo mas não sou especialista e posso estar falando besteira, aliás, mais uma, físicos deveriam se preocupar apenas com leis naturais, não sociais, como me disse um amigo meu, rsrsrs. A grande pergunta é, não tem capacitor nesse circuito, ou seja, alimentamos com fonte, damos dinheiro, damos dinheiro, damos dinheiro, até quando? indefinidamente? porque não vejo investimento em geração efetiva de empregos, empregos do século XXI, no qual todos sabem que uma economia sólida não se baseia na agricultura ou pecuária, então nossos auxiliados, ou circuitos paralelos, nunca saíram disso, logo sempre vai sair dinheiro pra isso. Nossa acabo de perceber que ninguém me perguntou se quero dar meu dinheiro pra eles, claro são impostos, o próprio nome já diz, é compulsório, nossa, ninguém me perguntou o que devem fazer com o dinheiro do imposto que na teoria se torna público, claro, quem resolve isso é o executivo, pra isso votamos nele, ah, agora sim, me perguntaram quem eu queria lá, verdade, eu fui la e votei, eu e mais milhões de brasileiros, que na grande maioria, ... nossa... não são a classe média, ou seja, aquela que paga a conta, mas então quem são? nossa... justamente a classe baixa, ah então agora entendo, estava errado no começo, peço desculpas, nossos candidatos entendem de física, a segunda lei da termdinâmica e o princípio da mínima ação, os sistemas físicos buscam a forma mais fácil de se manter sem gasto de energia seguindo o caminho mais fácil para a obtenção do resultado final, se o resultado final é o circuito funcionando, ou seja a corrente passando pelo nó então a massa votante está certa, vamos manter as bolsas e os benefícios, afinal, é a forma mais fácil de ganhar dinheiro, e os governantes estão certos, fazem o que o circuito quer, evitam resistências e num curto-circuito social se mantém no poder. Entendi, físicos deviam se preocupar apenas com as leis da natureza mesmo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

E a crítica? O gato comeu, o gato comeu e ninguém viu!!!

Voltei, é engraçado como é difícil fazer as pessoas entenderem que as coisas são mais que o agora, o famoso "Efeito Novalgina", rsrs, dá até nome de filme, hoje conversava com um colega sobre a educação no Brasil, descobri que a forma de educação praticada hoje, imediatista teve sua origem durante o regime militar, uau, me arrepiei afinal o que era bom pra eles não pode ser bom para a democracia, a menos que deus e o diabo joguem buraco à noite depois que todo mundo dorme, o que seria no mínimo estranho, rssr, mas de qualquer forma em certo momento da conversa um outro colega se posicionou a favor da censura, uauuuuuuuu novamente aquele arrepio, censura é o embrião de uma ditadura, não importa a intenção, Arthur Kestler, em seu livro Gladiadores, escreveu uma frase que simplesmente adoro: não há nada mais perigoso que um ditador com boas intenções, a essência da democracia é literalmente a liberdade de expressão, e a do educador é a de ensinar seu aluno a ter crítica suficiente para discernir entre o que é aceito e o que não o é, infelizmente a conversa não foi bem assim, girou em torno de um livro escrito por determinado humorista que colocava para os alunos o que fazer para detonar a escola, ótimo, ele simplesmente deu um manual para o professor, porque folheando o livro não li nada que o aluno já não fizesse, no fundo o livro força uma revisão no nosso conceito de escola, até quando vamos adestrar ao invés de educar, vamos punir ao invés de ensinar, vamos perder oportunidades para trazer uma discussão enriquecedora para o aluno porque estamos mais preocupados com o conteúdo que no final o aluno decorará para a prova e dois dias depois terá esquecido, isso quando não colar, fui  para casa triste com o rumo da conversa, me perguntando se realmente faço o meu papel de educador e o pior, se realmente a escola cumpre seu papel, no meio da tarde, assistia uma aula numa instituição renomada no meu mestrado quando um dos alunos questionou o professor a respeito de determinada operação matemática que nada tinha de trivial, resposta:não sei porque é assim, mas não tirei da minha cabeça, estava no livro, puff, novamente o fantasma se levanta, li nas entrelinhas, estou formando pesquisadores, cientistas, cabeças pensantes, mas me resumo ao que esta escrito num livro sem questionar a fonte, ou pelo menos tentar entender de onde vem, deu certo, isso me basta, novamente o gosto de Novalgina sobe pela minha garganta, meu Deus, em que mundo estamos, ninguém critica, ninguém discute, ninguém revê as instituições, não estou com aquele papinho piegas de vamos diminuir o conteúdo ao que é necessário, mas defendo que além do conteúdo aconteça reflexão, de que adianta o aluno 200 dias em uma instituição que sequer o ouve? Que não o ensina a ouvir seu par, porque ouvir o professor e ser obrigado a aceitar é fácil, mas e o seu par, a opinião divergente, os argumentos do outro, os próprios argumentos, enfim, crítica, não é essa a sociedade que Sócrates e Platão defendiam, pela qual homens morreram, quando a escola vai assumir seu papel mais de formadora e menos de adestradora, horários, uniformes, procedimentos burocracia, tudo muito regrado, mas e a discussão, a escola é pra que, para levar a discussões ou para adestrar, entendo a necessidade de normas e de se ensinar a segui-las mas e a crítica, a mesa redonda, o ser humano, esse se perde, afinal, a história de Vigotsky e seu cachorro sempre deu certo né, porque deixaria de dar agora, talvez nosso país melhore quando os dirigentes escolares se lembrarem que dirigem pessoas para formar cidadãos, não dirigem cachorros para adestrá-los a cumprir normas vazias, baseando-se numa filosofia de um regime que ja se foi.

Só sei que nada resolverei!!!

Boa noite, hoje até que foi um dia interessante, engraçado que existem alguns dias nos quais parece que o universo conspira, e olha que não sou muito dado a essas histórias não, mas em todo o caso talvez seja eu quem veja coincidências em situações que no fundo não tenham mas, de qualquer forma, tudo começou numa conversa simples sobre a educação durante o regime militar, a invenção das escolas técnicas, perdoem-me os defensores mas vejo nisso novamente o que costumo chamar de "política novalgina", aquele remédio que cura qualquer dor imediatamente mas que simplesmente anestesia, não resolve nenhum problema, é assim que vejo a política brasileira principalmente educacional, veja só, a mais nova e aplaudida atitude do governo federal é colocar o enem como unica forma de entrada no nível superior, além da criação de cotas para estudantes de escolas públicas, acho muito legal, afinal faculdades públicas devem ser cursadas pelo povo, mas será que matematicamente posso fazer o retorno, ou seja, vagas nas instituições, que vieram de investimento, concorridas e conquistadas com a educação oferecida para a população que por sua vez estudou durante todo o processo para adquirir essa vaga e ao entrar na instituição busca o conhecimento da mesma forma que sempre buscou, através do desenvolvimento de pesquisa e leitura. Engraçado, não é exatamente a realidade com a qual me deparo nas instituições a que tenho acesso, tirando os números oficiais, editados pelo governo, fico me perguntando: criação de cotas não é o mesmo que admitir que o aluno de uma escola pública não tem condições de competir com o aluno da rede particular de ensino? Se assim é admito que existe um problema de formação na rede primária e secundária de educação a qual por minha vez não quero mexer, mas se essa diferença e problemática existem ou elas somem como num passe de mágica quando o aluno entra na graduação ou é levada para a sala, uma vez que o aluno não pode em semanas aprender o conteúdo de anos, se essa diferença não existe porque então o vestibular tradicional é um problema, só porque ele exige conhecimento formal, acúmulo de dados e não apenas as novas habilidades e competencias que são tão gerais que não levam a conhecimento algum. Nesse caso o professor ao entrar na sala deve escolher como orquestrar a diferença, se trabalha com ela e portanto diminui o conteúdo e muda a forma, ou a ignora, e perde metade da turma, com isso, depois de tanto minamos calma e sorrateiramente as instituições por baixo, nas fundações, levando ao ensino superior a mesma política que temos nas escolas de ensino fundamental e médio, e será que essa política é boa, se é então porque foi necessário mudar todo o processo para incluir esses alunos, meu Deus, voltamos ao começo, infelizmente o povo não tem essa visão, mas mais infelizmente ainda, o gerente da empresa e o funcionário do RH têm, o que será do amanhã? Excesso de trabalhador e falta de especialidade, a equação é bem conhecida, se algo sobra economicamente: recessão, o que será de nós, talvez fiquemos com nossos diplomas dizendo pra todo mundo que pelo menos a dor passou, ainda que o mal continue, como no caso da Novalgina.

domingo, 24 de outubro de 2010

Chegando

É, nada melhor que um espaço pra gente poder desabafar sobre as variadas situações que o dia a dia trazem, repassar as idéias e discutir de tudo um pouco, ou será um pouco de tudo, quem sabe? Será que no mundo está tudo certo e nada resolvido, ou tudo resolvido e nada certo? Difícil né, um mundo das ongs que se preocupa com a morte das baleias e do mico leão dourado, com a extinção de espécies que a maioria nem sabe que existe mas no qual ninguém se preocupa quando países criam leis que restringem a vida, a liberdade, a sexualidade ou a religiosidade das pessoas, Uganda, Irã, fundamentalistas e preconceituosos, mas nesse caso não se pode entrar na política interna dos países, afinal são apenas seres humanos, apenas seres humanos, e o que é ser humano? Fica a pergunta quem souber manda a resposta, porque hoje em dia estou em dúvida...